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"Para todos que, de alguma forma,
sentem a necessidade de caminhar
em direção a si mesmos! ”

Maria Madalena é um arquétipo potente, quando falamos de feminino.
Para nós, ocidentais, o fato dela ter sido considerada uma prostituta e de “ter sido perdoada” por Jesus, nos dá a idéia de que ela teve uma chance, apesar de “não ter valor” ou “algo de valor a dizer”.
Esta ideia, de que nós mulheres temos “uma chance” apesar de “sermos inferiores”, vem no bojo desta associação de Madalena com a prostituição e com a sua falta de valor, como modelo inconsciente e que moldou o inconsciente coletivo de toda uma humanidade posterior a este fato.
Quando, no passado, sentimos a necessidade de buscar um lugar de existência, tínhamos só um modelo a seguir: o masculino. Isto criou um jeito sobrevivente e masculino de inserção no mundo: mentais, objetivas, executivas vestidas de terno, mas não menos sofridas porque sem sintonia com a nossa natureza.
Os números de enfermidades, mais comuns entre os homens, começaram a aparecer e crescer entre as mulheres,
evidenciando esta dor.
E se pensarmos no que de fato aconteceu?
Madalena, uma mulher sábia, uma iniciada, filha de uma linhagem real, que compunha com Jesus uma dupla potente em termos de liderança e mobilização de massas, coisa que ameaçava a ordem estabelecida e que precisava ser distorcida, desqualificada e desativada, e, portanto, transformada em uma figura inferior e sem impacto social. Transformada em prostituta, inicia-se a saga do desaparecimento da sua imagem e presença e da força do feminino como um todo.
Mesmo tendo sido, mais tarde, uma liderança, na França, com o advento das Cruzadas e o extermínio dos Cátaros, seus seguidores, ela praticamente desaparece, e mesmo onde os símbolos estão claros e mostram a evidência da sua presença, até hoje, as pessoas não tem olhos para ver por conta de toda aculturação e da força da Igreja.
Estamos vivendo um momento muito especial agora, onde Madalena ressurge para resgatar o que se perdeu e dar ao inconsciente coletivo, feminino e masculino, uma nova referência, o resgate de um poder que passa pela força da gentileza, resistência e amor e que tem na vida sua base e sustento.
É por isso que me sinto chamada a dar voz à este arquétipo, para que ele renasça nos corações e úteros das mulheres, devolvendo à sociedade a dimensão que lhe foi tirada: de colocar na vida e no amor o centro de todas as ações e relações.
O impacto social de resgatar o sentido de respeito e de sacralidade do feminino e da vida passa por recuperarmos a dimensão do respeito à natureza, à saúde, deixando de fazer sentido as diferenças de salário entre homens e mulheres, podendo ter lugar políticas de proteção à criança durante as jornadas de trabalho de suas mães, tirando a mulher da condição de objeto sexual, recuperando uma preocupação com a violência doméstica, com a educação, tirando o lugar de inserção da guerra e devolvendo aos idosos a sua dignidade, entre outras situações.
Recuperar o lugar do feminino na sociedade é uma mudança de paradigma, de sistema de crenças norteadores de uma visão de mundo, modificando o sentir, o pensar e o agir.

Caminhando com Madalena é um trabalho de grupo, que acontece em um ambiente de acolhimento amoroso, onde podemos compartilhar nossas vidas, dores, saberes, dons e talentos, escuta e cumplicidade para curar nossas almas e estabelecer relações mais amorosas e nutridoras em nossa vida.
Veja datas na AGENDA.
Vitral de Jesus e Maria Madalena grávida na Igreja Católica de Kilmou, Dervaig, Escócia.
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