Mandalas
- Margareth Osório
- 20 de dez. de 2016
- 2 min de leitura

Uma definição básica de mandala pode ser: uma estrutura integrada organizada ao redor de um centro unificador ou imanente.
Mandala, em sânscrito, quer dizer centro, circunferência, círculo mágico.
A mandala como manifestação da unidade cósmica pode ser vista como uma entidade que se desenvolve a partir do vazio, deste ponto original que é um vazio potencial, de onde surge a primeira forma, o círculo, e todas as outras expressões criativas numa multiplicidade de formas criando padrões e estruturas, manifestando o universo físico da vida, trazendo a unidade cósmica à Terra.
Quando criamos uma mandala, geramos um símbolo pessoal que revela quem somos num dado momento, criamos nosso próprio espaço sagrado, um lugar de proteção, um foco para a concentração de nossas energias. Ao expressar nossos conflitos interiores na forma simbólica da mandala, projetamo-los para fora de nós mesmos e podemos experimentar um sentimento de unidade.
A mandala, por si só, é uma porta multidimensional, que nos liga a todas as possibilidades do nosso existir, a todos os aspectos do nosso ser.
Ao trabalharmos em uma mandala, estejamos conscientes ou não, entramos em um estado alterado de consciência e acessamos todas estas possibilidades por meio deste centro organizador da nossa psique, o Self.
Jung foi quem nos trouxe este conhecimento muito antigo. Ele mesmo dedicou um tempo do seu processo pessoal para trabalhar com elas. segundo ele “ [...] O seu motivo básico é a premonição de um centro da personalidade, uma espécie de ponto central no interior da psique, ao qual tudo está relacionado, pelo qual tudo é organizado e que é em si mesmo uma fonte de energia. A energia do ponto central é manifestada na compulsão e no impulso quase irresistível para tornar-se o que se é, exatamente como cada organismo é compelido a assumir a forma que é característica à sua natureza, não importa quais as circunstâncias. Esse centro não é sentido ou pensado como o ego mas, se é que se pode falar assim, como o self. Embora o centro seja representado por um ponto no mais profundo interior, ele é cercado por uma periferia contendo tudo que pertence ao self – os pares de opostos que formam a personalidade total. Essa totalidade compreende a consciência em primeiro lugar, então o inconsciente pessoal e finalmente um segmento indefinidamente grande do inconsciente coletivo, cujos arquétipos são comuns à toda a humanidade”.
Trabalhar com a mandala é criar um espaço de conexão com a recuperação da sua inteireza.
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